Escrito por Rubens Marques de
Sousa (Professor Dudu)
A partir de hoje, 3, o Professor
Dudu, presidente da CUT/Se, passa a escrever uma coluna intitulada MOSAICO
POLÍTICO. Esta coluna será semanal e abrangerá, não só assuntos políticos, mas
outros de interesse de todos.
ESTÂNCIA PLURAL
Ao contrário da maioria dos
municípios sergipanos, onde só existem dois grupos políticos que rivalizam
entre si, mas são parte do mesmo “projeto”. Em Estância a coisa é bem
diferente, por apresentar várias opções para o eleitor escolher, e com um
detalhe importantíssimo, com opções de direita, de centro e de esquerda.
A exemplo disso em 2004 tivemos
quarto candidaturas para prefeito: eu (Dudu) pelo PT, Joilson Menezes pelo PCB,
Zé Nelson pelo PPS, Ivan Leite pelo PSDB, e Titó pelo PHS. Em 2008, Filadelfo
Alexandre pelo PMDB, Marcio Souza pelo PSOL e Ivan Leite pelo PSDB, agora em
2012, temos Joaldo Santos pelo PT, Márcio Souza pelo PSOL, Carlos Magno pelo
DEM e Gilson Andrade pelo PTR.
O PARTIDO É A VANGUARDA
Infelizmente aumenta a cada
eleição o número de eleitores que votam nos candidatos independentemente dos
partidos que representam, e isto tem acontecido por conta das incoerências
cometidas pelas direções partidárias, que agem a revelia do que pensam os
filiados, principalmente na hora de fechar os acordos políticos. Para se dar
bem a maioria das lideranças faz qualquer coisa, inclusive rifar os partidos.
Já dizia Bertold Brecht: o
partido é a vanguarda, e, portanto deve ser respeitado como tal, pois ele tem
programa e uma ideologia que o norteia, e por isso deve ser seguido por seus
filiados. Triste é o partido quando ele se torna menos importante do que suas
lideranças.
FINANCIAMENTO PÚBLICO DE CAMPANHA
Caso o financiamento público de
campanha não seja aprovado pelo Congresso Nacional, vai se tornar cada vez mais
difícil candidatos que fazem campanhas com estruturas modestas se elegerem.
Com o financiamento público todos
os candidatos receberão o mesmo valor, e caso queiram investir, além disso,
deverão ser denunciados, o próprio volume de campanha chamará a atenção e os
fraudadores serão punidos com a suspensão das candidaturas.
Neste caso os próprios políticos
concorrentes efetuarão a fiscalização e denunciarão ao Tribunal Regional
Eleitoral, e neste caso filmar e gravar as irregularidades será imprescindível
para formular a queixa.
A maioria do povo brasileiro é
contra o financiamento público, e argumenta que é inconcebível jogar dinheiro
do povo para financiar os políticos, a questão é que quem é contra, ainda não
se deu conta de que as campanhas já são financiadas com dinheiro público, só
que de forma marginal, pois quando um empresário “doa” dinheiro para financiar
uma candidatura recebe em dobro depois que o candidato chega ao poder, por isso
tem tanta corrupção nas licitações dos governos, ou alguém acredita no coração
bondoso do empresariado? Eu já ouvi dizer que no lugar de um coração o
empresário tem um cofre com a porta aberta a espera de dinheiro.
Sem financiamento público, bons
candidatos com históricos respeitáveis continuarão marcando posição, pois a
maioria do povo tem uma inclinação a medir o candidato pelo tamanho da campanha,
pela visibilidade e ai terminam esquecendo de analisar o principal.
VIVA O OPORTUNISMO
Há proporcionais que quando
percebem que o seu candidato está em desvantagem abandona-o e na hora de pedir
o voto o discurso é: para vereador vote em mim e para prefeito vote em quem
quiser, tudo isso para não perder o voto, outros chegam a mudar de majoritário
de acordo com a inclinação do eleitor, ou seja, em cada casa que chega tem um
majoritário diferente.
Eu senti esta realidade quando
fui candidato a prefeito de Estância, muitos dos vereadores que estavam na
minha coligação faziam exatamente isso. Ou tem dinheiro para “agradar”
determinados proporcionais ou não tem apoio.
Mas tem aqueles que não abandonam
o barco e são fiéis ao seu candidato, inclusive perdem voto por defendê-lo.
Viu? Nem todos são iguais.
FIQUEM DE OLHO
Caro eleitor, muita atenção para
as estruturas de campanhas para prefeitos e vereadores, ao final do processo
eleitoral acessem o site do TRE para avaliar as prestações de contas, e
conferir se “batem com o que você viu nas ruas, e desconfiar de alguma
atividade promovida pelo candidato que não está na prestação. Denuncie.
Outro alerta, os cabos eleitorais
devem ser registrados, caso isso não aconteça é só procurar a Justiça do
trabalho e exigir a rescisão de contrato. Quem faz campanha com militantes está
livre dessa.
ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Moradores de Estância
principalmente aqueles que residem na periferia têm que conviver com esgotos
correndo a céu aberto, agora chegou a vez dos eleitores ao receberem a visita
dos candidatos a prefeito cobrarem a construção de redes de esgoto.
Cidade desenvolvida prioriza
esgotamento sanitário porque sabe o quanto é importante para eliminar doenças
principalmente nas crianças.
O SEU VOTO VALE:
Ruas pavimentadas com esgotamento
sanitário, postos de saúde funcionando adequadamente, escolas de qualidade com
professores recebendo salários em dia (porém sem cortes), segurança nas ruas,
limpeza pública eficiente, trânsito organizado, promoção da cultura e do esporte,
política de geração de emprego e renda, política efetiva para as crianças e
adolescentes etc.
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