A juíza de Direito da 2ª Vara Privativa de Assistência Judiciária da Comarca de Aracaju, Gardênia Carmelo Prado, autorizou o matrimônio.
A primeira união de pessoas do
mesmo sexo (ou homoafetiva) do estado de Sergipe aconteceu na manhã de hoje
(4), no cartório do 14ª ofício, em Aracaju. A juíza da 2ª Vara Privativa de
Assistência Judiciária da Comarca de Aracaju, Gardênia Carmelo Prado, autorizou
o matrimônio, que dá todos os direitos de um casal heterossexual. Desta forma,
Ângela Maria Guimarães, de 46 anos, e Carla Viviane Campos Fontes, de 30, são
oficialmente o primeiro casal homoafetivo de Sergipe.
Em cerimônia íntima e a portas
fechadas, o casal selou a união de dois anos, na presença de parentes e amigos.
As duas não quiseram detalhar a imprensa o momento histórico que viveram,
declarando apenas que a sensação é de felicidade e conquista. De acordo com a juíza Gardênia Carmelo, que autorizou
o casamento, este tipo de decisão cria uma tendência no estado, mas a sentença
de realização do matrimônio vai depender do entendimento de cada juiz.
Os casais homoafetivos que
desejem também oficializar a união devem procurar qualquer cartório de registro
civil, iniciando o mesmo processo de qualquer outro casal. Ou seja, será
publicado o edital, aberto os proclamas e exigida a documentação necessária.
Apesar de este ser o primeiro
caso anunciado à população, a juíza tem dúvidas se é de fato o primeiro
casamento homossexual em Sergipe. “Pelo menos na 2a Vara Privativa de
Assistência Judiciária da Comarca de Aracaju, onde sou juíza titular, não
detectei ainda outro caso. Mas como há vários cartórios de registro civil, não
temos como saber se há outros”, explicou a magistrada.
O reconhecimento deste tipo de
união foi aprovado pelo Supremo Tribunal (STF) em cinco de maio de 2011,
permitindo a casais do mesmo sexo o acesso a boa parte dos direitos de casais
heterossexuais. Um dos nubentes, inclusive, pode até usar o sobrenome do outro,
se preferir, como acontece com os cônjuges.
Os benefícios com o
reconhecimento desta união são inúmeros, tanto judiciais quanto sociais. “Essa
igualdade traz inclusão social, garantindo direitos e a cobertura do que determina
a lei, além da aceitação social que só tende a crescer. É a valorização das
minorias”, compreendeu a juíza.
| Casamento aconteceu na manhã de hoje (4), no cartório do 14º ofício. Foto: André Moreira/Equipe JC |
| O casal preferiu não detalhar a imprensa a sua união. Foto: André Moreira/Equipe JC |
Do Jornal da Cidade
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