Habacuque Villacorte, da Agência Alese
As Comissões Temáticas da Assembleia Legislativa se
reuniram, até meados da tarde dessa terça-feira (26), para apreciar os projetos
que estavam pendentes na Casa. Das propostas do Poder Executivo apenas a que
versa sobre o reajuste do Magistério não foi apreciada e aprovada. O líder da
oposição, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), pediu vistas do projeto, na
Comissão de Administração e Serviços Públicos, que só deverá voltar à pauta na
AL após o recesso parlamentar em agosto ou em julho, no caso de uma
autoconvocação do Poder Legislativo. Os demais projetos, junto com a LDO,
deverão ser apreciados em plenário na sessão desta quarta-feira (27).
A medida da oposição atendeu aos anseios dos dirigentes do
Sintese (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe) que
ganharam tempo para abrirem um canal de negociação com o governo. Ainda durante
a sessão ordinária, o deputado estadual Garibalde Mendonça (PMDB) chegou a
sugerir que a proposta de reajuste seja aprovada para os professores e que, no
mesmo tempo, fosse formada uma Comissão suprapartidária com o intuito de tentar
negociar junto ao governo mais conquistas para a categoria.
Na forma de Lei Complementar, para aprovar o projeto que
versa sobre o reajuste do vencimento básico do Magistério Público Estadual, o
governo vai precisar da maioria absoluta (13 votos). A proposta revisa as
remunerações em 6,5% e já tinha sido aprovada na Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ). Quando o projeto do magistério voltar para ser apreciado na
Comissão de Administração, caberá a Venâncio Fonseca anunciar o voto divergente
ou seguir a orientação do relator. A proposta também terá que ser apreciada na
Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e Tributação, antes de ir para o
plenário.
Outros – Foram aprovados nas Comissões, sem maiores
discussões, os outros dois projetos do Executivo que versam sobre reajustes.
Uma proposta de lei ordinária encaminhada à AL revisa em 5,02% a remuneração
dos cargos efetivos ou dos empregos públicos que especifica, dos servidores
públicos civis e dos servidores públicos militares, ativos e inativos, do Poder
Executivo Estadual – Administrações Direta, Autárquica e Fundacional. Para ser
aprovado em plenário, o governo precisa de uma maioria simples.
Já outro projeto enviado à AL, na forma de Lei Complementar,
versa sobre o subsídio de Procuradores do Estado e de Procuradores Autárquicos
e Fundacionais; do vencimento básico dos cargos de provimento efetivo das
carreiras de que trata a LC 166/2009; do vencimento básico dos cargos
abrangidos pela LC 79/2002. Ele também revisa as remunerações em 5,02%, mas
nesse caso o governo vai precisar da maioria absoluta (13 votos).
Também polêmicas foram aprovados três projetos do Executivo:
o primeiro dispõe sobre o Conselho Estadual de Desenvolvimento do Comércio de
Serviços. O Conselho já existia desde meados da década de 80, mas estava
organizado por decreto. Agora ele será institucionalizado (reorganizado) na
forma da lei.
Outro projeto aprovado versa sobre uma cessão de uso de uma
área de terra em Japaratuba, que fica em anexo a uma escola pública, para a
Prefeitura Municipal. Por fim, foi aprovado o projeto que reestrutura a Coordenadoria
Especial de Defesa Civil, transformando-a em Departamento Estadual de Proteção
e Defesa Civil, órgão vinculado à SEIDES. Nesse caso o diretor passa a ser
ordenador de despesa.
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