quinta-feira, 28 de julho de 2011

Violência assusta professores e estudantes do Colégio Olímpio Campos

Comunidade escolar do município de Itabaianinha ainda está se recuperando do trauma provocado na tarde desta quarta-feira, 27, pela invasão de um adolescente e uma criança ao Colégio Estadual Monsenhor Olímpio Campos. Em posse de uma arma branca e uma arma de fogo, eles assustaram os estudantes e professores através de um buraco na parede que permite a comunicação entre um terreno baldio pertencente à área do colégio e o prédio escolar.

A polícia foi acionada e disparou um tiro para o alto com objetivo de assustar a dupla, que sem ter roubado nada fugiu pelo mato e ainda não foi encontrada. Ao ouvir o disparo, muitos estudantes saíram correndo da escola sem se preocupar em pegar livros e demais pertences. O pânico fez professores passarem mal e alguns estudantes chegaram a desmaiar.

O adolescente conhecido como ‘Chiclete’ chegou a ser apontado como suspeito de ter praticado o crime, mas educadores do Colégio Olímpio Campos garantiram que não foi ele o autor. A inocência de Chiclete em relação ao caso foi confirmada por policiais da cidade que logo após a invasão da escola encontraram o menino em casa dormindo.



PROVIDÊNCIAS

Assim que soube do incidente, a professora Ana Lúcia (PT) junto à diretora da Sub-sede Sul do Sintese do Sintese Ivônia Aparecida se dirigiram ao local. Ela solicitou ao secretário de Educação Belivaldo Chagas que as aulas fossem suspensas na escola até a próxima semana para acalmar os ânimos. Ao conversar com vários educadores e com policiais de Itabaianinha, a deputada foi informada de que o Colégio Olímpio Campos havia sido roubado na madrugada da última sexta-feira, 22, quando ladrões levaram computadores: 15 volumes entre CPUs e monitores.


A deputada Ana Lúcia, também presidente da Comissão de Educação, Cultura e Desporto da Assembleia Legislativa, avaliou que não se trata só de um problema de falta de segurança nas escolas. “Uma escola não é uma penitenciária. Ela tem que estar aberta à comunidade. Se os adolescentes estão muito violentos é por reflexo da sociedade que anda muito violenta”, afirmou.


PRÉDIO DESGASTADO
O prédio do Colégio Olímpio Campos está bastante desgastado há um bom tempo. Por isso a deputada Ana Lúcia já produziu várias indicações na Assembleia Legislativa solicitando a reforma de sua estrutura física e o aproveitamento do terreno baldio que integra a área do colégio para a construção de uma quadra esportiva para os estudantes.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Errar sem querer... Querendo!!!

Ultimamente as administrações públicas municipais estão sendo apresentadas à população com as cores de preferência de seus mandatários que, nas poucas coisas que fazem deixam suas marcas através das respectivas cores, seja em fachada de obras, veículos ou propagandas gráficas. O que se gasta de tinta para pintar paços municipais e espaços públicos com as cores que agradam o ego de cada prefeito não é brincadeira. Que bom que fossem daltônicos! Rsrsrsrsrsrsr...

Queremos chamar a atenção da população para um erro grave que flagramos recentemente nos PEVs (Postos de entrega voluntária de resíduos sólidos), essas lixeiras coloridas colocadas em praças públicas, sem o devido aparelho na cor vermelha, que representa o plástico nos programas de Coleta Seletiva de Lixo, apresentado mundialmente como as cores internacionais da reciclagem para iniciar um Programa de Educação Ambiental.

No aparelho azul coloca-se o papel, amarelo coloca-se o metal e verde o vidro, deixando o plástico que é o reciclável mais perigoso órfão e sem o seu lugar de destaque.

Perguntamos: Porque logo o VERMELHO, e não o azul? Será porque a cor vermelha representa o partido político que faz oposição à situação atual que comanda o Município de Estância? Será que os assessores, diretos representantes das secretarias edo Prefeito de plantão a quem compete esse serviço, que fazem essa escolha?Para massagear o ego do chefe,ou fora feita pelo próprio? Você sabe? O que sei é que estão cometendo um grande erro. Em matéria de educação não se omite nada.

Pois é: Para que todos saibam e não errem, ao administrar o seu resíduo sólido vamos começar educando por aqui:

AO DISPENSAR SEU PAPEL OU PAPELÃO; NÃO O JOGUE NA RUA, OU EM PRAÇA PÚBLICA, OU EM TERRENO BALDIO O CIDADÃO EDUCADO PROCURA IMEDIATAMENTE O VASILHAME AZUL.

O CIDADÃO QUE DESCARTA O VIDRO PROCEDERÁ COLOCANDO-O NO RECIPIENTE VERDE.

E O GAJO QUE DESCARTA O METAL, OU SEJA: AS LATINHAS DE CERVEJA DE REFRIGERANTES E AFINS PROCURA O VASOAMARELO.

É simples não é?

E o plástico? Onde colocaremos o plástico? Estamos na era do plástico e não sabemos onde coloca-lo?Onde dispô-lo?Esqueceu-se do PEV, ou do recipiente ou do vaso VERMELHO, o que é isso minha gente???

Como pensamos e fazemos educação é tremendamente difícil para nós provocar a população para perguntar aos nossos administradores.Onde está o recipiente VERMELHO?E porque não fora colocado junto ao conjunto de PEVs (POSTO DE ENTREGA VOLUNTÁRIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS) em nossas praças? Será porque o VERMELHO é a cor que representa o PARTIDO DOS TRABALHADORES, que faz oposição a esse Governo Municipal que aí está?

Errar desse jeito é querer errar!

E a educação vai para o LIXO!

ESTAMOS DE OLHO

ONG ÁGUA É VIDA

quarta-feira, 20 de julho de 2011

SINTESE participa do 6º Congresso Mundial de Educação na África do Sul

Autor // sintese


A primeira atividade pré-congresso foi a Reunião sobre as Desigualdades de Gênero: o caminho a seguir pelos direitos dos/as trabalhadores/as LGBT. Este é o maior encontro de sindicatos globais sobre a temática e o primeiro realizado na África, o diretor de comunicação do SINTESE, Joel Almeida é um dos cinco dirigentes da CNTE que representa os educadores brasileiros no evento.

A África do Sul tem uma das sociedades mais desiguais. 80% de sua população vive com 4 dólares ao mês. O orçamento para a educação pública é muito pouco. Não há orçamento para programas de artes, músicas, esportes nem literatura. 90% das escolas públicas não oferecem bibliotecas e os docentes não recebem pelo trabalho exercido fora de sala de aula com o preparo das aulas. A maioria dos centros educativos não garante segurança nem integridade para estudantes de ambos os sexos e de diferentes orientações sexuais. O caminho para o banheiro é um caminho arriscado com a exposição ao estupro, espancamentos e assassinatos. Dentro e fora das escolas existe uma forte xenofobia contra refugiados de outros países do continente africano.

Participaram do evento Bob Chase, Copresidente do Comitê Mundial LGBT, Junéia Batista, Copresidenta do ISP, Fred Van Leeuwen, Secretário geral da IE e Peter Waldorff, secretario geral da ISP.

Fred van Leuween, secretário geral, abriu o fórum desejando feliz aniversario a Modiva (nome carinhoso dado a Nelson Mandela pelo povo sulafricano) que completou 93 anos nesta segunda-feira, 18. Ele destacou as conquistas dos direitos para a comunidade LGBT. Entre eles, reconheceu os esforços dos países como a África do Sul e o Brasil, cujas constituições reconhecem plenos direitos. Igualmente reconheceu o trabalho das organizações sindicais, ressaltando as afiliadas da América Latina que têm dado um forte impulso às diretrizes da IE sobre os direitos LGBT. Mas lembrou que, apesar dos marcos jurídicos protegerem as pessoas da discriminação por sua orientação sexual, persistem os atos de violência, perseguição e agressão. Para ele, nossos sindicatos ainda têm grandes desafios para alcançar o fortalecimento da educação pública livre de discriminação e segura para todas as crianças e docentes. Para isso, é necessário sindicatos sem práticas homo e lesbofóbicas.

Joel Almeida, diretor de comunicação do SINTESE é um dos 5 dirigentes brasileiros da CNTE no evento.

Joel Almeida, diretor de comunicação do SINTESE é um dos 5 dirigentes brasileiros da CNTE no evento.

Uma das tarefas mais importantes é justamente como levar este debate ao centro das organizações sindicais e alcançar, neste debate, uma mudança de perspectiva que nos permita promover e propor mudanças nas políticas educativas. Também teremos o desafio de processar políticas públicas que garantam trabalhos dignos para todas as pessoas, a fim de não condenar à pobreza e ao desemprego as minorias sexuais.

Programa EPT AIDS – Hoje, 19, a secretária de Relações Internacionais da CNTE, Fátima Silva, participará do painel “Construindo uma Plataforma comum para os direitos humanos LGBT”. A professora irá destacar o programa EPT AIDS e os trabalhos realizados pelos sindicatos dentro deste programa no Brasil.

Outras reuniões previstas durante o Congresso Mundial:

20/07 - Reunião sobre os povos indígenas
20/07 – Reunião sobre educação superior
21/07 – reunião sobre igualdade e participação das mulheres (CNTE, com informações da IE)

Com informações da CNTE

terça-feira, 19 de julho de 2011

Deputada defende transporte universitário para facilitar acesso ao Ensino Superior

Os estudantes universitários que tiveram acesso ao ensino superior através do FIES, PROUNI, REUNI e Sistema de Cotas ainda enfrentam dificuldades para chegar até as Universidades devido ao preço das passagens e a indisponibilidade de ônibus em algumas regiões. Com o intuito de derrubar mais este obstáculo que se interpõe à graduação de jovens brasileiros, a deputada Ana Lúcia encaminhou à Assembléia Legislativa uma moção de apelo à presidente Dilma Roussef e ao ministro de Educação, Fernando Haddad para que criem um Programa de Transporte para esses estudantes universitários.


No texto a deputada reconhece o esforço do Governo Federal, desde 2002, em criar mecanismos para universalizar o ensino superior. “A quantidade de programas criados incluiu e diversificou bastante o perfil dos estudantes de ensino superior no Brasil. Apesar do sucesso dos programas de inclusão, o Estado brasileiro precisa dar mais um passo para garantir o sucesso desses estudantes. Um ponto extremamente importante e que precisa ser analisado pelo Governo Federal é o transporte dos universitários beneficiados por esses programas de inclusão”, defendeu.

PROUNI e REUNI
O Programa Universidade para Todos (ProUni) foi criado em 2004, pela Lei nº 11.096/2005, e funciona desde o dia 13 de janeiro de 2005, com a finalidade de conceder bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e sequenciais de formação específica em instituições privadas de educação superior. As instituições que aderem ao programa recebem isenção de tributos.

Já o REUNI permite maior acesso através do aumento da quantidade de vagas de ingresso, especialmente no período noturno, ocupando as vagas ociosas. Ele promove uma revisão da estrutura acadêmica buscando a constante elevação da qualidade, reorganizando os cursos de graduação e diversificando as modalidades de graduação, preferencialmente com superação da profissionalização precoce e especializada.

Um programa de acesso ao ensino superior mais recente é o Sistema de Quotas. Este sistema é um tipo de ação afirmativa proposta pelo Estado que tem por fim compensar os integrantes das escolas públicas, estudantes de cor negra e indígenas, mediante a reserva de vagas em universidades públicas do país. “É mais um programa de inclusão que vem dando certo e está mudando a cara da universidade pública brasileira. No biênio 2005-2006, cotistas obtiveram maior média de rendimento em 31 dos 55 cursos (Unicamp) e coeficiente de rendimento (CR) igual ou superior aos de não-cotistas em 11 dos 16 cursos (UFBa)”, avaliou a deputada.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O fim da mágica do lixo


por Denise Ribeiro, para a Envolverde

O brasileiro sempre teve uma relação mágica com o lixo. Coloca um saquinho na calçada e “puf”, ele desaparece. Some das calçadas e torna-se um tormento para prefeituras e para o meio ambiente.

1188 300x203 O fim da mágica do lixoDurante 20 anos tramitou pelos corredores e gabinetes do Congresso um projeto de lei que dizia coisas simples, absolutamente lógicas, mas que pouca gente queria ver funcionando no dia a dia. Um projeto que estabelece que os fabricantes de produtos e fornecedores de serviços são responsáveis pelo destino dos resíduos que sobram de suas atividades após a compra pelo consumidor, o resíduo pós-consumo: “é responsabilidade do governo” diziam. Com isso, prefeituras de todo o Brasil se viram na contingência de administrar bilhões de toneladas de resíduos gerados por uma economia que só faz crescer. Dinheiro do contribuinte que deveria ir para saúde, escola e para a gestão das cidades e que foi usado, muitas vezes também de forma errada, para dar destinação aos resíduos gerados pela sociedade. No entanto, desde o segundo semestre do ano passado, está em vigor a Política Nacional de Resíduos Sólidos, que estabelece a “responsabilidade compartilhada” entre empresas, governos e consumidores para a gestão dos resíduos gerados pelas atividades econômicas e nos lares de quase 200 milhões de brasileiros.

Há fóruns sobre o tema pipocando nas cidades, workshops sobre logística reversa, especialistas na TV falando de responsabilidade compartilhada. Tudo para destrinchar o conjunto de leis que instaura uma nova era no tratamento do lixo. Entre os ganhos previstos para o país, está uma economia anual de R$ 8 bilhões em custeio de gás, que poderá ser produzido pela queima de resíduos. A legislação aprovada em agosto de 2010 convoca fabricantes, importadores e distribuidores de produtos, assim como o poder público e os cidadãos, a se adequarem às medidas propostas para entrar em vigor até 2014. Contudo, a lei tem em 2012 um de seus principais impactos na gestão dos resíduos pelas prefeituras. Aquelas que não tiverem até lá um plano de manejo de seus resíduos correm o risco de ficar sem repasse de recursos da União.

“E não vai ter espaço para chororô de prefeito recém-eleito”, explica Samyra Crespo, secretária da Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), que acredita que após as eleições do ano que vem muitos novos prefeitos vão pedir extensão de prazo para a desativação dos lixões, que deve ser feita em 2014. “O governo está disponibilizando todos os mecanismos necessários a essa transição. Os Municípios podem fazer seus planos individualmente ou em sistema de consórcios microrregionais, em que cinco ou seis municípios compartilham custos e tecnologia. Sabemos que a gestão de resíduos sólidos custa caro. Nas cidades de porte médio, ela representa o terceiro item de despesa do Município e, nas pequenas, com menos de 50 mil habitantes, é o primeiro item”, explica a secretária.

Segundo Samyra, a maior dificuldade para que a política decole não é falta de dinheiro, mas sim de projetos capazes de oferecer soluções técnicas competentes. “Precisamos de modelos de gestão bem-sucedidos. Os recursos existem”, garante a gestora do Ministério do Meio Ambiente. Esta é, também, a opinião de seu colega Silvano Silvério da Costa, diretor de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do MMA, que explica o tamanho do desafio: “Hoje, 88% de todos os resíduos gerados no país vão para os aterros. O ideal é que esse percentual caia para 20%”.

A redução depende da maneira como será desenhado o caminho de volta do produto pós-consumo, a chamada logística reversa. Do ponto de vista técnico, o que é preciso fazer é entender o “ciclo de vida do produto”, ou seja, de uma maneira simples, quais são os materiais usados para sua fabricação, que tipo de embalagem ele utiliza, e o que sobra depois que o consumidor o utiliza. Esse resíduo precisará retornar a um centro de coleta que deverá dar uma destinação adequada, seja sua reutilização, em casos onde isso é possível, como vasilhames retornáveis de bebidas, reciclagem, quando o metrial é utilizado em outro processo industrial e retorna ao ciclo de consumo, como o papel e diversos tipos de metais, compostagem, quando se trata de resíduos orgânicos como restos de alimentos, que podem retornar à produção na forma de adubos, ou aqueles que realmente não têm qualquer utilidade prática e que devem ser destinados a um aterro sanitário.

Silvano da Costa traz na ponta da língua todo o arcabouço regimental em que os grupos de trabalho setoriais se apoiam, mantém prazos e cronogramas sob controle, faz apresentações notáveis em seminários por todo o Brasil. O MMA está empenhado em esclarecer a sociedade e em fornecer subsídios para que o setor produtivo, as prefeituras, os Estados tenham seu Plano de Gerenciamento de Resíduos. A cadeia virtuosa para a diminuição do lixo que a lei quer implantar começa com a redução do consumo – o maior desafio proposto, porque requer mudanças no modelo produtivo e maior reflexão antes de comprar. A não geração de resíduos é o primeiro elo da cadeia sustentável, que se complementa com a redução, a reutilização e a reciclagem. Resíduo, com valor econômico, vira matéria-prima para a indústria de reciclagem, que movimenta outra cadeia produtiva virtuosa, por incluir cooperativas de catadores – ou de agentes ambientais, como eles preferem ser chamados.

Demanda por reciclagem

Como a Política Nacional de Resíduos Sólidos está muito calcada no fortalecimento de cooperativas de catadores, é preciso destinar recursos para a capacitação e organização do setor, que precisa ser melhor remunerado. A intenção da PNRS é desonerar a cadeia dos resíduos onde for possível. “Hoje há dois grupos de recicladores no Brasil: o dos atravessadores, que fica com a melhor parte do negócio, e aqueles que têm plantas modestas. Terá de haver uma transição tecnológica de todo um parque de recicladores, para que esse negócio se torne de fato inclusivo e sustentável”, explica Samyra Crespo. Uma revolução num cenário em que a maioria das empresas acredita que o catador deve ser remunerado apenas com o valor da venda do lixo recolhido.

Segundo especialistas, para que a reciclagem amadureça, é preciso aumentar o mercado por esse tipo de serviço. E a demanda vai crescer à medida que se estruture melhor a coleta seletiva, presente de alguma forma em 62% das metrópoles brasileiras com mais de 500 mil habitantes, mas ausente em 61% dos Municípios com até 50 mil habitantes. Levantamento feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), revela que, em 2010, os aterros sanitários receberam 57,6% do total de 54,2 milhões de toneladas de resíduos urbanos coletados no país. “Houve um aumento no volume da coleta de 7,7% em relação a 2009, mas menos de 1% de crescimento na destinação correta. O aumento na geração de resíduos – 15% nos últimos dois anos – segue o aumento de renda, acompanhando o crescimento do PIB e do consumo”, argumenta Carlos Vieira da Silva Filho, diretor executivo da entidade.

O gargalo desse processo ainda está na separação dos resíduos pelos consumidores, antes de descartarem, e na oferta de coleta seletiva, onde cada tipo de produto segue seu caminho para a destinação final. “As empresas que reciclam trabalham com falta de materiais, há mais demanda por matérias-primas de reciclagem do que o sistema de coleta é capaz de suprir”, explica Fernando Von Zuben, diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak, empresa líder mundial na fabricação de embalagens de bebidas e produtos alimentícios. A empresa busca fortalecer sua logística reversa apoiando cooperativas de catadores e empresas que utilizem os resíduos pós-consumo de suas embalagens. “Nosso foco em publicidade nos meios de comunicação não é para vender mais, mas para explicar aos consumidores a importância de sua participação para aumentar a reciclagem em nosso país”, explica o executivo. Este é um ponto importante, porque 20% de tudo o que é descartado no Brasil são embalagens, cerca de 25 mil toneladas diárias.

Para Carlos Vieira, da Abrelpe, a criação de uma taxa para a gestão do lixo ajudaria muito a disciplinar o setor. “Assim como medimos o consumo de água e de luz, teremos de mensurar o quanto cada casa gasta de lixo. O investimento per capita do brasileiro em tratamento de resíduos é de R$ 9,95 por mês, o que é pouco e inadequado, quando comparado ao que se gasta com outros serviços públicos, como saúde e saneamento básico, e até privados, como telefonia celular”, compara. Outro especialista da área, André Vilhena, diretor do Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), prevê um salto de qualidade na cadeia de reciclagem e no volume de materiais corretamente destinados. Segundo ele, o modelo brasileiro que reduz o impacto dos materiais no meio ambiente, por meio de uma atividade econômica que gera inclusão social – faz do Brasil uma referência internacional. “Mas ainda falta organizar essa cadeia”, ressalta, esperançoso de que as empresas com visão mais proativa influenciem todos os setores, em favor da rápida implantação da lei. (Envolverde)

(Agência Envolverde)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

MPF/SE pede restauração de imóvel em Estância

13/07/2011

O Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) processou a União e o município de Estância por não preservarem um imóvel integrante do Patrimônio da União e relevante valor histórico. O prédio em questão, localizado na praça Orlando Gomes Santos (Jardim Velho), em Estância, foi sede da Receita Federal e atualmente se encontra abandonado e com sua estrutura afetada.



Segundo parecer técnico elaborado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Sergipe (IPHAN/SE), a edificação é um vestígio da tipologia urbana brasileira dos últimos séculos e é um bem cultural relevante para o contexto histórico do município de Estância. Segundo o parecer, o imóvel tem valor histórico e cultural, de modo que o seu desaparecimento representaria prejuízo irreversível para o patrimônio de Estância.

Para o procurador da República que assina a ação, Rômulo Almeida, houve, no caso, um comportamento apático e de descaso da União na preservação do seu patrimônio. Também o município não adotou providências necessárias à restauração e preservação do bem, desprezando o valor histórico-cultural do imóvel para o conjunto urbano daquela cidade.



O imóvel tem clara relevância para Estância, por isso também o município tem obrigação de manter a integridade do prédio. Também não pode ser ignorado o significado do imóvel para a própria União, vez que o mesmo foi ocupado durante significativo período por um dos órgãos federais mais antigos e relevantes da estrutura do Poder Executivo Federal, integrando obrigatoriamente a história da Receita Federal.



Medidas -Tendo em vista a degradação do prédio, o MPF/SE pede que a Justiça Federal determine liminarmente que sejam feitas obras emergenciais na estrutura, sob pena de multa diária de R$ 2 mil. Caso contrário,a integridade da estrutura e as feições arquitetônicas originais do imóvel estarão em risco.



O MPF/SE também requer a condenação da União e do município de Estância à obrigação de iniciar, sob pena de multa diária, uma reforma completa e definitiva no imóvel, devendo, para tanto, apresentar um projeto de restauração que deverá ser aprovado pelo Iphan.



Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal em Sergipe
(79) 3301-3874 / 3301-3837 / 9931-6732
ascom@prse.mpf.gov
.br
Twitter: @mpf_se

terça-feira, 12 de julho de 2011

Senadora Ana Rita fala sobre a sanção do SUAS pela presidenta Dilma

12 julho 2011

Em artigo publicado na edição desta terça-feira, 12 de julho, do Jornal A Gazeta do Espírito Santo, a senadora Ana Rita aborda a sanção do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), pela presidenta Dilma Rousseff. Ana Rita diz que a sanção da matéria foi uma grande vitória e conquista de todos as brasileiras e brasileiros.

O site do PT Nacional e a TVPT de Notícias, também, destacaram a participação da senadora no processo de construção da Lei do Suas. Confira aqui o texto publicado pelo site do PT. Leia, também, o artigo:

Superando a miséria

O Sistema Único de Assistência Social, o Suas, agora é lei! É uma grande vitória e uma conquista de todos os brasileiros. É uma das formas mais eficientes de redução das desigualdades e superação da miséria, metas de nosso governo.

É um processo histórico da luta da política de assistência social travada desde a Constituição de 1988. O Suas tem atendimento descentralizado com participação dos conselhos de assistência social e das entidades e organizações sociais públicas e privadas. O objetivo é garantir o direito à assistência social e proteção de pessoas e famílias em situação de risco e vulnerabilidade social.

Segundo o Ipea, mais de 10 milhões de pessoas deixaram a miséria nos últimos 13 anos. E outras 30 milhões ascenderam à classe média nos últimos oito anos. Os dados são fruto de uma política adequada que vem sendo aplicada desde o Governo Lula e que se consolida com a sanção da Lei do Suas, agora no Governo Dilma.

Muitas pessoas não têm dimensão do quanto será benéfica essa medida. A lei, que tive a honra de ser relatora na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, é fundamental para o êxito pleno do Plano Brasil sem Miséria e do programa estadual de combate a pobreza, o Programa Incluir. Também tem o mérito de tornar a política de assistência social muitas vezes entendida como assistencialista, como um direito público do usuário.

O Suas já vinha sendo aplicado nos municípios, no entanto, a regulamentação era necessária para respaldar os profissionais. Segundo dados do Governo Federal, 99,5% das cidades já aderiram ao sistema, envolvendo 220 mil profissionais. São 7,6 mil Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e 2,1 mil Centros Especializados de Assistência Social (Creas) no país. São 3,7 milhões de idosos e pessoas com deficiência que recebem o Benefício de Prestação Continuada, o valor de um salário mínimo; 642 mil pessoas inseridas no Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos para Adolescentes e Jovens de 15 a 17 anos, o Projovem Adolescente; e 819 mil crianças no Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti).

O sistema é uma conquista da assistência social e da sociedade para a efetivação dos seus direitos, por ampliar a proteção social brasileira e construir o conteúdo específico da assistência social. É uma nova ótica na qual o desenvolvimento integral da sociedade fará o nosso país mais justo, com distribuição de renda e redução do abismo econômico entre ricos e pobres.

Destaco a importância da participação da sociedade nas conferências municipal, estadual e na VIII Conferência Nacional de Assistência Social prevista para dezembro, em Brasília. A finalidade da conferência é avaliar a situação das políticas de assistência social e propor novas diretrizes para o seu aperfeiçoamento. Tratará sobre os avanços e consolidação do Suas. No Espírito Santo, os municípios já estão se mobilizando na realização das respectivas conferências.

Ana Rita é assistente social e senadora (PT-ES)

Fonte: Site Ana Rita

Sintese debate avaliação de desempenho do governo

Autor // Bárbara Nascimento


Visando a compreensão acerca da avaliação de desempenho do governo estadual, o
cORUJA

cORUJA

Sintese já começa a realizar debates. A ideia é levar a discussão para todas as escolas através de fóruns. Em nota aprovada em assembleia lançada anteriormente, o posicionamento contrário ao método adotado pelo governo era justificado a partir de elementos previstos no próprio “índice- Guia”.

Longe de ser uma ferramenta de avaliação da educação da rede pública estadual, o mecanismo copiado de Minas Gerais pressupõe distinção entre os alunos e entre os professores. Classificando os primeiros como “avançados” ou “com dificuldades de aprendizagem” e os educadores como “de excelência” ou “insuficientes”.

Para resistir a esse modelo já foram feitos debates em Itabaiana, Estância e Tobias Barreto – este na última sexta-feira (8). As atividades continuam durante os meses de julho e agosto. Professores da Aracaju e da região metropolitana têm encontro marcado às 15 horas, quarta-feira (13). Durante a reunião organizativa, será elaborado o calendário e discutida a metodologia para as discussões nas escolas.

Confira a agenda dos outros municípios:

Dia 14 de julho: reunião em Ribeirópolis, às 19 horas. A atividade contará com a participação dos educadores de Moita Bonita, São Miguel do Aleixo e Malhador.

Dia 15 de julho: a discussão é na cidade de Simão Dias, às 14h30min.

Dia 16 de julho: acontece em Neopólis, às 13 horas, reunião em conjunto com Santana do São Francisco, Ilha das Flores, Brejo Grande, Japoatã e Pacatuba.

Dia 30 de julho: atividade em Capela, às 08h30min.

Dia 4 de julho: o debate em Lagarto ocorre às 08h30min e participam também professores de Riachão do Dantas, Pedrinhas, Boquim, Salgado e Poço Verde.

Ana Lúcia debate Educação Pública com professores de Umbaúba

A deputada Ana Lúcia (PT) debateu o tema “Educação pública é responsabilidade de todos” junto aos professores do município de Umbaúba que participaram na tarde desta segunda-feira, 11, da 2ª Semana Pedagógica, realizada pela Secretaria de Educação do município.


A professora Ana Lúcia falou aos colegas de profissão sobre a necessidade do professor interagir com a família dos estudantes e com os Centros de Referência de Assistência Social para criar uma rede social de proteção ao estudante para que ele não abandone a escola.

A deputada ouviu os professores, anotou propostas de projetos de lei e incentivou que os colegas educadores participem cada vez mais dos conselhos e demais instâncias de fiscalização de recursos destinados à educação. “A aplicação correta de recursos tem que ser cobrada. Existe muita coisa para se refletir. Nós temos uma educação autoritária e estamos engatinhando na democracia”, argumentou.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

TV Sergipe veta propaganda do SINTESE

Autor // sintese

Foi com extrema surpresa que a direção do SINTESE recebeu a notícia de que o vídeo publicitário produzido pela entidade que seria veiculado no último sábado (09) foi vetado pela direção da TV Sergipe. O vídeo fazia alusão a votação dos deputados estaduais, que parcelou a revisão do piso salarial, ocorrida no dia 09 de junho.

O vídeo que faz parte de uma campanha publicitária que será promovida pelo sindicato todo o dia 09 de cada. A campanha foi decisão dos professores deliberada na assembleia da categoria realizada no mês passado, quando do final da greve da rede estadual.

“Ficamos surpresos pela decisão da TV Sergipe, pois nos últimos anos temos feitos nossos anúncios e em nenhum momento fomos censurados, vale lembrar que os vídeos produzidos pelo SINTESE não denigrem a imagem de ninguém, mas sim defendem a causa dos professores”, disse a presidenta do SINTESE, Ângela Maria de Melo.

De acordo com a agência publicitária que intermediou a programação do anúncio, a TV Sergipe alegou impedimento via Rede Globo para a não veiculação do vídeo que inclusive tinha sido pago à vista.

Não compreendemos o veto da TV Sergipe, pois o sinal televisivo é uma concessão pública onde a comunidade tem o direito de se comunicar. O vídeo tão comprovadamente não tinha nada que ofendesse ou denegrisse a imagem dos deputados estaduais que outros veículos de comunicação veicularam o vídeo.

A direção entende o veto como uma ação política dos donos da televisão que vai de encontro ao aspecto público da concessão de TV. “A empresa que detém o direito de transmitir pode ser privada, mas a concessão desse direito é algo público e os professores e professoras de Sergipe tiveram seu direito de manifestar-se agredido com essa atitude”, ressaltou Ângela.

O sindicato vai buscar uma audiência com os donos da TV Sergipe para esclarecer o assunto.

terça-feira, 5 de julho de 2011

O futuro do Brasil passa por mudança em seu papel na nova ordem mundial


por Delfim Netto*

O momento que vivemos oferece algumas características que nos estimulam a olhar o que vem por aí na economia. Um desses estímulos me veio da observação recente do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, quando chamou a atenção para o fato de que o Brasil não deve aproveitar inocentemente o excesso de liquidez que existe no mundo. Esse enorme fluxo de dólares vai ter consequências para a nossa economia ao supervalorizar o real e ampliar as dificuldades para a indústria. E abre também a perspectiva de problemas para bancos e empresas que estão se endividando mais do que seria prudente.

Um olhar sobre o futuro permite antever que alguns setores que121 O futuro do Brasil passa por mudança em seu papel na nova ordem mundial estão se endividando alegremente além da conta podem ter de enfrentar apertos sérios se a economia mundial voltar a piorar.

Outro estímulo decorre do entusiasmo que vem despertando além-fronteiras o formidável desempenho do setor agropastoril brasileiro. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) divulgou recentemente uma estimativa segundo a qual ao menos 30% do aumento da oferta de alimentos que vai sustentar a demanda da população mundial, de nove bilhões em 2040, deverá ser garantido pela produção brasileira. Será ótimo se isso vier a se realizar, mas não podemos contar com um desenvolvimento tecnológico que ainda não ocorreu.

Tais cálculos são sempre duvidosos. Lembro que, nos anos 70 do último século, era seguro que todos estaríamos mortos de fome hoje, caso as previsões estivessem corretas. Minha impressão é de que não cabem no mundo nove bilhões de pessoas em 2040-2050 com a renda per capita de US$ 20 mil. Seria necessário usar a terra de um outro mundo para produzir comida. Além disso, quem se arrisca a garantir que a China manterá por mais 20 ou 30 anos o dinamismo econômico de hoje e a estrutura política atual, que já dá alguns sinais de fadiga?

É claro que o Brasil não pode aceitar passivamente o modelo de desenvolvimento agromineral-exportador induzido que lhe está sendo imposto pela nova divisão internacional do trabalho: para a China, o fornecimento universal dos bens industrializados, para a Índia, o fornecimento global dos serviços, e, para o Brasil, o de fornecedor residual de produtos agrícolas e minerais.

O setor, que é o maior poupador de mão de obra, será incapaz de dar emprego de boa qualidade a quase 150 milhões de brasileiros com idades entre 15 e 65 anos que viverão em 2030! A aceitação desse modelo coloca em risco o futuro da economia brasileira como instrumento de construção de uma sociedade justa, com baixos índices de desemprego e suficiente emprego de boa qualidade. O que precisamos é voltar nossas atenções para o futuro do setor criador de empregos por excelência, restaurando as condições de isonomia que permitam aos nossos empresários e trabalhadores da indústria consolidar a expansão do mercado interno que vai assegurar os bons cargos a nossos filhos e netos.

É exatamente a criação dessa capacidade que abre as portas para a construção da sociedade que todos desejamos, capaz de dar igualdade de oportunidade para todo cidadão.

Não deixa de ser perturbador como um grande número de pessoas assume um papel conformista diante do que supõem ser uma fatalidade histórica, que é melhor aceitar do que combater. Aquela divisão internacional do trabalho não tem nada de natural ou inexorável. É apenas produto de uma inteligente política do governo chinês, oportunisticamente aceita na Organização Mundial de Comércio pela simbiótica relação com alguns países (em particular os Estados Unidos) e pela complacência de outros, como é o nosso caso.

É claro que o Brasil faz bem em aproveitar o aumento da demanda física de alimentos e minerais por parte da China e as altas de preços estimuladas pela política monetária americana. Como o dólar nominal é a unidade de conta internacional, quando ele perde valor, a contrapartida do mercado é elevar ainda mais os preços das commodities.

Apenas para dar um exemplo: há dez ou 11 anos, um mix de exportação de uma tonelada do Brasil comprava um mix de 0,9 tonelada da importação. Hoje uma tonelada exportada compra 1,4 tonelada importada. Isso correspondeu a um choque de “produtividade”, que permitiu a libertação da economia brasileira da permanente situação de iliquidez externa, cuja última manifestação foi no final do governo FHC, quando tivemos de correr ao FMI para permitir uma eleição tranquila. Mas é uma temeridade e uma grande imprudência supor que isso não vai mudar nos próximos 20 ou 30 anos…

* Delfim Netto é economista, formado pela Universidade de São Paulo e professor de Economia, e foi ministro de Estado e deputado federal.

** Publicado originalmente na coluna do autor, no site da revista Carta Capital.

(Carta Capital)