quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Deputada Ana Lúcia é contra aumento da tarifa de ônibus em Aracaju e na Grande Aracaju



Escrito por Laila Oliveira

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O início deste ano trouxe uma onda de aumento nas tarifas dos transportes
públicos por todo o país, e a possibilidade de ocorrer em Aracaju e nos
municípios da Grande Aracaju: Barra dos Coqueiros, São Cristóvão,
Laranjeiras e Socorro vêm causando inquietude entre os trabalhadores e
usuários do transporte coletivo.

As empresas de
transporte estão cogitando pedir um aumento de 16,67% nas passagens de
ônibus, o que equivaleria no aumento do valor da tarifa de R$2,10 para
R$2,45. A discussão acontece entre o Sindicato das Empresas em
Transporte de Passageiros (Setransp) e a Superintendência de Transporte e
Trânsito (SMTT).

O valor previsto para o
aumento é superior ao da inflação, que é de 5,91%, muito maior do que
parte da população pode pagar já que comprometerá 28,82% (R$ 147,00) por
mês do salário daqueles que recebem salário mínimo, tornando difícil
assegurar o direito do cidadão à cultura, ao lazer, ao trabalho através
do transporte coletivo.

As justificativas que
em geral são invocadas para motivar o aumento são as gratuidades legais e
a depreciação da frota, contudo a primeira tem como fonte financiadora a
Lei Orgânica do município que estabelece que 1% do valor da tarifa está
reservado para as gratuidades asseguradas por lei, e a segunda
justificativa também está assegurada pela Lei Municipal 1.7665/1991 que
também determina que parte do valor pago pela tarifa seja destinada para
a renovação da frota, contudo desde que a lei foi criada nenhuma
empresa fez o deposito previsto na conta conjunta da Secretaria
Municipal de Transporte e Trânsito.

O suposto valor do
provável aumento em Aracaju e na Grande Aracaju estará entre os valores
mais altos, perdendo para algumas cidades paulistas como Diadema de R$
2,50 para R$ 2,80, Guarulhos de R$ 2,65, de R$ 2,65 para R$ 2,90 em
Santo André, de R$ 2,30 para R$ 2,75 em São Caetano e a capital São
Paulo de R$ 2,70 para R$ 3,00, Joinville em Santa Catarina o aumento foi
de R$ 2,70 para R$ 2,90 e Rio de Janeiro de R$ 2,35 para R$ 2,50.

No nordeste a reajuste
feito em Salvador (BA) tornou a passagem na cidade soteropolitana como a
mais cara da região, onde o reajuste de 8,6%, fez com que a tarifa
subisse de R$ 2,30 para R$ 2,50. Em João Pessoa (PB) passou de R$ 1,90
para R$ 2,10 e a previsão é que em Natal (RN) o reajuste seja de 15%,
que equivale ao aumento de R$2,00 para R$2,30.

A deputada Ana Lúcia
(PT) se posiciona contrária ao aumento da tarifa na cidade de Aracaju e
na Grande Aracaju, porque o transporte coletivo é uma concessão pública
que garante ao cidadão o livre deslocamento para o trabalho, para o
lazer, para o acesso aos bens culturais (cinema, teatro, shows etc.),
portanto as empresas devem cumprir com a função social de garantia plena
desse direito, além disso, existe a possibilidade de outros municípios
no estado recorrerem ao aumento de suas tarifas.

Veja na íntegra em:

http://www.analucia-se.com.br/index.php?option=com_content&view=article&id=647:deputada-ana-lucia-e-contra-aumento-da-tarifa-de-onibus-em-aracaju&catid=40:direitos-humanos&Itemid=58

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Educadores aprovam moção de repúdio a Ivan Leite


Autor // Caroline Santos

Os delegados do 31º Congresso Nacional dos Trabalhadores em Educação reunidos em Brasília de 13 a 16 de janeiro de 2011, vem manifestar MOÇÃO DE REPÚDIO ao Prefeito da cidade de Estância – SE, Ivan Santos Leite (PSDB) pelos ataques que tem promovido contra o SINTESE – Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica da Rede Oficial do Estado de Sergipe.

O prefeito reduziu os salários dos professores, anulou o Estatuto e o Plano de Carreira do Magistério, provocando um caos na educação.

Em 2010 os educadores passaram três meses em greve e só voltaram ao trabalho por conta de decisão judicial. Agora em 2011, o governante está articulando uma campanha para desestabilizar o SINTESE na tentativa de encurralar a única força viva que combate a sua administração neoliberal desastrosa para a classe trabalhadora.


www.sintese.org.br

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

BREVE ESCLARECIMENTO SOBRE O TRANSPORTE UNIVERSITÁRIO



Leila Angélica -Professora e colaboradora deste site


Leila Angélica Oliveira Moraes de Andrade



Diante da atual discussão a respeito dos transportes escolares se faz necessário esclarecer alguns pontos de forma sucinta, objetiva e desvinculada de qualquer interesse político e/ou pessoal.

Em primeiro lugar o SINTESE é uma entidade civil de caráter sindical, desvinculado do Estado, sem fins lucrativos, independente de qualquer atividade político-partidária, sem quaisquer discriminações de raça, cor, sexo, credo religioso, com duração por tempo indeterminado, integrado pelo trabalhador em educação, assim entendidos os integrantes do Magistério Público, da ativa e aposentado, de todo o Estado: Professores, Orientadores, Supervisores, Administradores, Inspetores, Planejadores e Especialistas em Educação nomeados pelo Estado de Sergipe, ou pelos Municípios que o integram.

Segundo ponto, o projeto Caminho da Escola foi criado em 2007 com o objetivo de renovar a frota de veículos escolares, garantir segurança e qualidade ao transporte dos estudantes e contribuir para a redução da evasão escolar, ampliando, por meio do transporte diário, o acesso e a permanência na escola dos estudantes matriculados na educação básica (leia-se ensino fundamental e médio), prioritariamente da zona rural, das redes estaduais e municipais. O programa também visa à padronização dos veículos de transporte escolar, à redução dos preços dos veículos e ao aumento da transparência nessas aquisições. A partir daí já se percebe que em qualquer outra situação que não sejam alunos da educação básica fazendo uso do veículo já está sendo cometido um ato infrator.

Diante do exposto, a denúncia apresentada ao Ministério Público é procedente uma vez que os transportes utilizados pelos universitários são os do Projeto Caminho da Escola, que estão sendo desviados de sua real finalidade. Só em Estância, cuja repercussão é calorosa, são cerca de 14 mil alunos da educação básica que deveriam ser atendidos por esse programa porém grande parte deixa de ter seus transportes, adequados e de qualidade para atuarem na zona rural a qual são destinados prioritariamente, na medida em que se faz a substituição por transportes depredados e sem condições de atender a demanda, como por exemplo ônibus com portas sem segurança, morte provocada pelas péssimas condições dos veículos locados, transporte de 37 crianças em uma van que comportaria apenas 14 pessoas, superlotação em muitos dos veículos. Sem falar dos muitos alunos, de determinadas áreas da zona rural de difícil acesso em períodos de chuva, que deixam de freqüentar a escola porque o veículo locado não tem condição de ultrapassar as péssimas condições das estradas coisa que o transporte do Programa Caminho da Escola é projetado exatamente para superar tais dificuldades impostas pelas chuvas.

Não estou aqui negando o direito ao transporte para os cerca de 600 universitários, porém já que existe a necessidade o município e/ou estado deveria promover política pública para atender esse pleito, comprando ônibus escolares para tal finalidade. Afinal de contas no que diz respeito ao município de Estância verba se tem para isso. Uma vez que a cerca de sete anos quando o salário dos professores municipais foi cortado uma das justificativas foi reverter o dinheiro para a aquisição de ônibus para os universitários que já travavam essa luta para estudarem em Aracaju, e aqui refiro-me com conhecimento de causa. Além de verbas que podem e devem ser utilizadas pra atender a demanda dos universitários no caso de transportes.

Dessa maneira, o que precisamos é de soluções hábeis e rápidas para que nem os estudantes da educação básica tenham seu direito burlado e nem os universitários sejam prejudicados em sua formação acadêmica devido a ausência de políticas públicas para suprir a carência de transporte destinado a esse objetivo. Assim, julgar improcedente a denúncia do SINTESE é no mínimo corroborar para a manutenção de práticas ilícitas como é o caso do desvio dos transportes.

Estatuto do Sintese - Capítulo – I - Da Denominação, Sede, Fins, Abrangência e Duração. Art. 1º.



Manual Caminho da Escola – MEC- http://www.bndes.gov.br/SiteBNDES/export/sites/default/bndes_pt/Galerias/Arquivos/produtos/download/manual_caminho_escola.pdf

http://www.atribunacultural.com/noticia.php?id=3478