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| Professora Leila Angélica - Estância/SE |
Leila Angélica Oliveira Moraes de Andrade
Eis que chegamos a mais um fim de processo eleitoral. Nossa política eleitoreira teve seu desfecho em meio a cassações, improbidades, acordos, desacordos, promessas e absolvições.
Nosso cenário político nunca foi tão tumultuado como nos últimos meses. As definições das candidaturas influenciaram decisivamente o quadro da política sergipana e nacional.
Ex-deputados, atuais deputados, vereadores, lideranças populares e novos personagens disputaram cada eleitor em nosso pequeno Estado, com força de apoios e acordos partidários, além de coligações inimagináveis (em outros tempos), mas haviam militantes empenhados pelos verdadeiros ideais de luta em benefício de uma sociedade acima de interesses pessoais.
Quando se definiram as chapas a governo logo se evidenciaram as miscelâneas partidárias e os duros entraves aos militantes fiéis a ideologia política a qual se filiaram e que não condiz com os tais acordos.
O povo sergipano ainda não se deu conta da orfandade com que se presenteou no último pleito. Deixou um ícone do Trabalho e da Honestidade fora da casa legislativa federal. A ausência desse baluarte da política sergipana em nossa Câmara se evidenciará quando os trabalhadores e demais seguimentos perceberem que verbas não são destinadas, planos de cargos e salários são desrespeitados, há escassez de novas políticas públicas voltadas aos trabalhadores seja de qual área for. Perdemos um “deputado federal dos professores, da educação, da cultura, dos trabalhadores da cidade e do campo, dos aposentados, dos servidores públicos, dos jovens, dos idosos e das mulheres; do meio ambiente, dos direitos humanos e de tantas outras frentes de ação e luta.”
Adjetivar a um símbolo da luta em nosso Estado é chover no molhado, afinal, abrir mão de aposentadoria parlamentar não é para todos, apenas poucos se reconhecem como trabalhadores em sua categoria de base. O desconhecimento do povo dos projetos parlamentares, a despolitização e, principalmente, a força do dinheiro nos tornaram órfãos de representante desse nível.
Porém, não adianta lamentar. Resta torcer para que os que compõem a nossa Câmara Federal desenvolvam trabalhos dignos e de bons resultados ao povo. Que não prevaleçam conchavos e acordos que denigram a política sergipana e como conseqüência amarrotem a imagem deixada por um líder atuante, consagrado nacionalmente pelas suas ações, porém sem reconhecimento nas urnas do nosso estado.

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