terça-feira, 28 de junho de 2011

50 municípios implantaram piso de R$1.187

Autor // Caroline Santos


A luta dos professores em 2011 fez com que no final do primeiro semestre, cinqüenta municípios já tenham fechado as negociações para a revisão do piso para R$1.187, o diálogo deu a tônica em parte das negociações, já em outros os educadores foram às ruas fizeram atos públicos, paralisações e greves.

Mas existiram aqueles municípios onde o processo democrático de negociação não aconteceu, o exemplo máximo disso é a prefeitura de Estância. Sem nenhuma conversa com os professores, a administração municipal aprovou (com o apoio da maioria dos vereadores) um achatamento da carreira do magistério local.

Além de Estância, outras prefeituras também utilizaram a implantação do piso para redução de carreira: Cedro de São João, Nossa Senhora de Lourdes, Campo do Brito, Poço Verde, Malhada dos Bois, São Cristóvão. Em Laranjeiras, a prefeita Ione Sobral, implantou uma versão piorada da utilizada pelo governador Marcelo Déda. O reajuste do piso será dividido em 8 vezes.

Piso sem alteração da carreira

Em 44 municípios os professores negociaram a revisão do piso sem alteração da carreira, são eles: Arauá, Cristinápolis, Indiaroba, Itabaianinha, Tomar do Geru, Umbaúba, Boquim, Lagarto, Pedrinhas, Riachão do Dantas, Simão Dias, Tobias Barreto, Canindé do São Francisco, Gararu, Graccho Cardoso, Itabi, Monte Alegre de Sergipe, Nossa Senhora Aparecida; Nossa Senhora das Dores, Poço Redondo, Amparo do São Francisco, Canhoba, Propriá, Telha, São Francisco, Ilha das flores, Areia Branca, Itabaiana, Macambira, Moita Bonita, Pinhão, Ribeirópolis, São Domingos, Capela, Carmópolis, Rosário do Catete, Santo Amaro das Brotas, Siriri, Barra dos Coqueiros; Divina Pastora, Itaporanga d'Ajuda, Riachuelo e Santa Rosa de Lima.

Sem revisão do piso

Os professores de 18 municípios ainda têm como vencimento inicial o piso de R$1.024,67, são eles: Carira, Frei Paulo, Malhador, Pedra Mole, São Miguel do Aleixo, Cumbe, Feira Nova, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Glória, Porto da Folha, Aquidabã, Cedro de São João, Muribeca, Brejo Grande, Japoatã, Pacatuba, Nossa Senhora do Socorro, Japaratuba. Nas duas últimas cidades as administrações municipais apresentam propostas que reduzem percentuais de escalonamento vertical e horizontal de forma tão drástica que descaracterizam e destroem a carreira do magistério.

Ainda com R$950

Para o magistério de Pirambu, General Maynard, Salgado e Santana do São Francisco ainda consta nos contracheques o vencimento inicial de R$950. Em todos esses municípios as negociações continuam para revisão do novo valor.

Sem PSPN

Em Neópolis, a desorganização administrativa e a insistente política de desvalorização dos professores faz com que no município ainda se tenha como vencimento inicial mínimo R$633 (2/3 de R$950). Em Maruim os professores sequer têm Plano de Carreira, o que inviabiliza a implantação do piso salarial nacional, mas depois de muita luta e pressão, o canal de negociação entre os professores da rede municipal de Maruim e a administração municipal foi aberto.

Sindicato dos Médicos publica carta de solidariedade ao SINTESE

CARTA DE SOLIDARIEDADE AO SINTESE


Nós do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe, vimos demonstrar nossa solidariedade à luta dos professores e professoras pela implementação do Piso Nacional da categoria no Estado de Sergipe.

Entendemos que o SINTESE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe), com sua representatividade e força, é um ícone em Sergipe e nacionalmente, de como um sindicato deve fazer a luta de classes e a organização da classe trabalhadora.

Portanto, tentativas de impedir, reprimir e desclassificar a organização da classe trabalhadora e sua principal entidade, expressa para nós à volta do Coronelismo, ou dos saudosistas da Ditadura Militar, ou quem sabe o surgimento dos novos Neoliberalistas.

Como disse certa vez um médico: “Podem arrancar uma, duas, três rosas... mas jamais impedirão a chegada da Primavera”.

Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe.

SINDIMED

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Para ABGLT, juiz goiano que anulou união gay feriu Estado laico

A anulação gerou manifestações por todo Brasil


Vivian Virissimo

A anulação do contrato de união estável de um casal em Goiânia gerou manifestações da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT). De acordo com a nota, a entidade que representa 237 associações brasileiras entende que o julgamento do magistrado se baseia em valores morais e religiosos. “Isso fere o Estado laico brasileiro, que separa o Estado da religião, o que infelizmente tem sido uma retórica repetida por representantes do Estado, a de se permitir invocar e aplicar suas convicções pessoais em assuntos que são do Estado”, critica.

O casal gay Léo Mendes e Odílio Torres — um dos primeiros casais gays que oficializaram a união no país — , se baseou em decisão dos ministros do STF que reconheceu a união estável pra casais do mesmo sexo, no dia 5 de maio. Pouco mais de um mês depois, o juiz Jeronymo Pedro Villas Boas, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Goiânia, anulou por ofício (quando um juiz sem ser provocado, toma o processo para si e decide) a união estável, alegando que a decisão deve passar pelo Congresso e que a Constituição determina que uma família só pode ser composta por pessoas de sexos diferentes.

Em nota, a ABGLT repudiou o cancelamento de união estável de casal, afirmando que “o magistrado goiano feriu a hierarquia judiciária do país, ao descumprir o devido processo legal, após a inédita decisão do STF”.

A entidade também alegou que o magistrado goiano feriu a hierarquia judiciária desse país, em descumprir o devido processo legal. “Esta decisão violenta não apenas o direito do casal, Léo Mendes e Odílio Torres, como também o ordenamento jurídico brasileiro, pois a decisão do STF teve efeito vinculante e eficácia erga omnes (contra tod0s), que torna o procedimento do juiz incorreto”, defende a entidade.

Desdobramentos

Depois da anulação, a advogada do casal, Chyntia Barcellos, vai apresentar nesta terça-feira (21) uma reclamação junto ao Tribunal de Justiça de Goiás e ao Supremo Tribunal Federal (STF). Os recursos serão feitos em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Segundo a corregedoria do TJ goiano, será analisada ainda nesta terça.

O ministro Gilmar Mendes também se manifestou, afirmando que é “muito pouco provável” que o STF volte atrás na sua decisão de garantir a união civil de casais homoafetivos. Segundo o ministro, sempre haverá casos de opinião contrária à decisão do Supremo. Ele também justificou a decisão do STF favorável à união homoafetiva afirmando que era preciso encontrar uma resposta à realidade social existente, que carecia de proteção.

(Com informações da JusBrasil e O Globo)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Homenagem Póstuma




Faleceu na manhã deste domingo, 19 de junho de 2011, a Professora Zélia Araújo, representante do SINTESE no município de Pedrinhas, vítima de um derrame hemorrágico no Hospital João Alves Filho, em Aracaju.







Uma voz que silencia
Na vida tão passageira
E a mente que não apaga
A imagem da companheira
Mostrando solenemente
Que a humanidade sente
Quando morre uma guerreira.

É dia de emudecer
Hoje se tira o chapéu
Porque a traiçoeira morte
Apresenta-nos seu véu
Mas mostra que Deus não erra
Pois é tristeza na Terra
Mas é festa lá no Céu.

O Tempo como remédio
E a Fé por solução
Pois Zélia plantou sementes
No fundo do coração
Quem viu a tua grandeza
Compartilhou da certeza
Que a luta não é em vão.

Fazemos planos pra hoje
Mas Deus escreve o após
Zélia atendeu ao chamado
Quando ouviu a Sua voz
A morte não a afastará
Pois ela sempre estará
No coração de todos nós.



Izabel Nascimento.
19/06/2011.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Representante do Instituto Cubano de Amizade com os Povos fará palestra em Estância

Evento promovido pelo Centro de Estudos Karl Marx ocorrerá no dia 17 de junho.

No próximo dia 17 de junho, ás 19 horas, no Plenário da Câmara Municipal de Vereadores de Estância, acontecerá mais um evento de caráter internacional promovido pelo Centro de Estudos Karl Marx, fundado e dirigido pelo Professor Dudu, presidente estadual da Central Única dos Trabalhadores- CUT – a palestra “Cuba a Pátria Socialista e a Solidariedade Internacional”, um evento que marcará mais uma vez a presença de um importante nome da vida pública da ilha que é um exemplo mundial de alta resolução em educação e saúde pública, desta feita o representante do Instituto Cubano de Amizade com os Povos – ICAP – Fábio Simeón, um nome referencial nas relações entre o povo cubano e os diversos segmentos representativos da luta pela integração dos movimentos libertários em todo Planeta.

O evento conta com o apoio da CUT/SE, do SINTESE, do SINDICOM, dos mandatos eletivos populares da Deputada Ana Lúcia e do Vereador Dominguinhos do PT e da Associação dos Estudantes de Medicina em Cuba.

Por Miguel Viana ao estanciaonline.com.br

IRAN BARBOSA ENTREGA O CARGO A DÉDA



Manchete

O secretário emocionou os professores ao anunciar na tarde desta quinta, que em solidariedade à categoria estaria deixando o cargo.
Por conta da aprovação por 17 votos contra 7 na tarde desta quinta-feira, 9 na Assembleia Legislativa de Sergipe, do projeto de reajuste do Piso Salarial do Magistério, o secretário de Estado dos Direitos Humanos e Cidadania, o ex-deputado federal Iran Barbosa (PT) decidiu entregar o cargo ao governador Marcelo Déda.


Em pronunciamento na assembleia dos professores da rede estadual de ensino que acontece no final da tarde desta quinta-feira no Instituto Histórico de Sergipe, que em repúdio à aprovação do projeto do Governo que trata da revisão do Piso Salarial do Magistério e aos rumos que as negociações com o Governo, entregará o cargo ainda hoje (9) ao governador Marcelo Déda.

O secretário esteve acompanhando a votação do projeto no plenário e do discurso da presidente do Sintese, Ângela Melo na Praça Fausto Cardoso. Mas, somente quando chegou ao Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, foi que anunciou emocionado que “estava entregando o cargo em nome da ética”.

Por Aldaci de Souza
Fonte: Infonet

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Professores denunciam insegurança em escolas


Prefeito diz que não transformará escolas em fortaleza porque prioridade está na qualidade do ensino

Foto ilustrativa

A morte do garoto Alisson Souza dos Santos, 14, vítima de afogamento no povoado Dizilena, reabre o debate relacionado à segurança das escolas no município de Estância. Professores ouvidos pelo Portal Infonet relaciona a morte de Alisson à ausência de guardas e vigilantes nas escolas municipais.

Para a professora Flora Cristina Soares Assunção, que leciona na Escola Municipal Dorijan dos Santos, onde a vítima estudava, a ausência de vigilante ou de guarda naquela escola facilitou a saída do aluno. Ela garante que, mesmo estudando à tarde, Alisson teria ido à escola pela manhã, teve “acesso fácil para entrar, esconder a pasta e se retirar da unidade de ensino”.

Ao sair da escola, o aluno teria ido ao encontro de outros colegas que seguiram para o povoado com o objetivo de catar palhas de coqueiro para fazer a decoração junina da escola. “Teria que ter guarda ou vigilante para controlar a entrada e saída dos alunos, principalmente hoje que havia uma atividade extra, que envolve a comunidade”, enfatizou a professora Flora Cristina.

Ivônia Aparecida: casos de ameaça e violência em escolas (Foto: Portal Infonet)

A professora Ivônia Aparecida Ferreira, coordenadora da Subsede de Estância do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Sergipe (Sintese), revela que o sindicato tem feito constantes denúncias sobre este problema, mas a prefeitura nunca se mobilizou para encontrar alternativas para a situação. “Há muito tempo fazemos esta denúncia porque temos casos de professores ameaçados e agredidos dentro do espaço da escola”, diz a sindicalista.

Sem efetivo
O presidente do Sindicato dos Guardas Municipais de Estância (Sigme), José Antonio dos Santos, o Totonho, credita a falta de segurança nas escolas ao baixo efetivo de guardas no município. Segundo o sindicalista, há grande evasão de guardas devido aos baixos salários. “No último concurso, a prefeitura chamou 270, mas em 2007 começaram a surgir os pedidos de demissão e até agora já somam 120”, disse Totonho. “E, entre o efetivo, há ainda muitos, cerca de 20, em desvio de função”, revela, cobrando da prefeitura a realização de concurso público.

Ivan Leite

O prefeito Ivan Leite não relaciona a morte de Alisson à ausência ou presença de vigilantes ou guardas nas escolas. Ele diz que os portões são controlados regularmente pelas equipes que trabalham nas escolas e lamenta que a morte do adolescente tenha servido de escudo, segundo enfatizou, para esta reação do Sintese. “A morte do adolescente não há correlação com a existência de guardas nas escolas, foi um fato que não aconteceu dentro da escola. Não tem nexo”, reage o prefeito. “As escolas têm controle normal de portaria e, em Estância, a prioridade está na distribuição de material didático, na merenda escolar e no transporte escolar de qualidade e não em transformar escolas em fortaleza”, enalteceu.

Para Ivan Leite, a maior agressão à comunidade escolar tem origem no movimento sindical. “Os professores é que estimulam a violência quando usam, em sala de aula, uma camiseta preta com uma caveira do Bope estampada no peito”, diz Ivan Leite.

A professora Ivônia Aparecida, representante do Sintese, explica. “Usamos a camiseta em protesto à agressão que o prefeito fez aos professores em 2005 quando cortou o nosso Plano de Carreira e Salários e o nosso Estatuto”, comenta Ivônia. “E já estamos providenciando mais mil camisas para toda a população usar, inclusive os alunos”.

Por Cássia Santana

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Para Ana Lúcia "salário de professor não é gasto, é investimento"


Por Dilson Ramos


A permanência do impasse entre o magistério estadual e o governo levou a deputada estadual Ana Lucia a cobrar uma posição dos gestores da Secretaria de Estado da Educação e lembrar que as reivindicações da categoria estão baseadas em direitos conquistados em vários anos de luta. “A categoria permanece em greve, em vigília na Assembleia Legislativa”, lembrou.


A parlamentar afirma que a categoria busca o apoio e a compreensão dos deputados para a luta do magistério. Ana Lucia alega que há uma diferença entre as duas interpretação que envolvem professores e governo. Segundo ela, o Estado “insiste que é para o professor de nível e não deve repercutir na carreira”. E defende que o governo deve apresentar uma alternativa que não divida a categoria. “São trinta e dois anos de luta e de conquistas com muito sacrifício. Pelo piso, são 23 anos de luta”, emendou.


A deputada disse que a proposta apresentada, da forma forma como infuencia na carreira, não será aceita. “Lutamos trinta e três anos para ter um plano de carreira e o piso é um dos elementos da carreira. Está claro nas constituição Estadual e Federal”, explica. De acordo com Ana Lucia, a legislação de 1997 já dizia isso e houve descaso e falta de compromissos de governos anteriores. “Precisamos entender a legislação da Educação, que é complexa, a escola pública, que têm solução, têm alternativa”.


“Os deputados precisam pressionar os estados, os municípios e o governo federal por mais verbas. Não podemos aceitar que nenhuma categoria gere despesa, isso só acontece com os professores, não pode ser”, lamentou a deputada, que tem uma visão diferenciada. Para ela, salário do magistério não é gasto, é investimento. Ana Lucia insiste que é preciso respeitar o Piso Nacional dos professores e admitir que a carreira do Magistério é única. Para ela, a carreira começa com o nível médio, com os professores primários que desde a década de quarenta enfrentam este conservadorismo.

Trabalhadoras domésticas brasileiras participam da 100ª Conferência Internacional do Trabalho em Genebra

Segundo a OIT, o trabalho doméstico é responsável por 4 a 10% da economia dos países em desenvolvimento. No Brasil, a profissão reúne 7,2 milhões de profissionais

Brasília - Seis representantes dos sindicatos de trabalhadoras domésticas do Brasil vão participar da 100ª Conferência Internacional do Trabalho da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que começa hoje (1/6), em Genebra. O encontro vai definir a adoção de um instrumento internacional para a garantia de direitos para os (as) trabalhadores (as) domésticos (as) e se encerra no dia 17 de junho.

As presidentas da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, Creuza Maria de Oliveira e do Sindicato das Empregadas Domésticas do Estado de Sergipe, Sueli Maria dos Santos, lideram a delegação brasileira. Também participam as representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Comércio e Serviço, ligada à Central Única dos Trabalhadores, Ione Santana de Oliveira, do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas do Rio de Janeiro, Maria Noeli dos Santos, e do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Campinas, Regina Teodoro. O grupo recebeu o apoio do governo brasileiro para participar da conferência.

Segundo Creuza Maria de Oliveira, responsável pela articulação nacional das trabalhadoras domésticas brasileiras, é grande a expectativa das trabalhadoras para que a adoção de uma convenção com recomendações sobre as práticas da profissão. “Em Genebra, vamos nos encontrar com companheiras de outros países e realizar reuniões para visibilizar a questão do trabalho doméstico dentro da conferência, para que a gente chegue ao resultado que esperamos”, declara Creuza de Oliveira.

Este é um processo que foi intensificado nos últimos três anos, sendo marcado pelo protagonismo das trabalhadoras domésticas brasileiras na América Latina. Conforme estudos da OIT, o trabalho doméstico é responsável por 4 a 10% da economia dos países em desenvolvimento. No ano passado, por deliberação da 99ª Conferência Internacional do Trabalho, a OIT elaborou um documento consolidando a posição das delegações tripartites, formada por empregadores, governo e trabalhadoras domésticas. O documento abordou o trabalho doméstico na perspectiva do trabalho decente e foi novamente submetido à manifestação dos países acerca da regulamentação do trabalho doméstico. Essas consultas subsidiaram a construção de uma proposta de convenção e recomendação, que começa a ser discutida a partir de hoje (1/6), em Genebra, na 100ª Conferência Internacional do Trabalho.

Ione Santana, integrante da Confederação Nacional dos Trabalhadores de Comércio e Serviço, acredita que a elaboração de uma convenção sobre trabalho doméstico vai evidenciar a importância da profissão para a sociedade. “Esse momento também vai trazer uma mudança em termos de reconhecimento profissional. Seremos vistas como as demais profissionais sem diferenças”, prevê Ione Santana.

Segundo Regina Teodoro, membro do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Campinas, ainda existe a preocupação de que os países membros não aprovem a convenção com recomendação para o trabalho doméstico. “Nós vamos para o debate. Nós somos trabalhadoras domésticas, existem muitas limitações, mas estamos empenhadas em levar para a conferência as demandas da nossa categoria”, diz Regina Teodoro.

Apoio à promoção do trabalho doméstico decente

Desde 2009, a ONU Mulheres Brasil e Cone Sul, por meio do Programa Regional Gênero, Raça, Etnia e Pobreza, apoia técnica e financeiramente as ações para a incidência das trabalhadoras domésticas nas discussões na Conferência Internacional do Trabalho. Neste ano, foi selada uma parceria com a Articulação Feminista do Mercosul que deu continuidade a estratégia para o fortalecimento das organizações de trabalhadoras e a participação dessas mulheres na 100ª Conferência. Foram realizados três seminários nacionais no Brasil, Paraguai e Uruguai e um encontro regional, a fim de articular as trabalhadoras domésticas latinoamericanas para levar as demandas da região para a Conferência.

Para a coordenadora de Direitos Econômicos da ONU Mulheres Brasil e Cone Sul, a participação das trabalhadoras neste processo possibilita que elas possam fazer parte de forma ativa nas discussões para a promoção do trabalho doméstico decente a nível global. “É muito importante a participação das trabalhadoras na conferência. São elas que estão diariamente na profissão e conhecem bem os desafios de ser trabalhadora doméstica”, lembra Ana Carolina Querino.

Trabalho doméstico no Brasil

De acordo com dados da PNAD 2009 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o trabalho doméstico no Brasil reúne 7,2 milhões de profissionais. Houve um crescimento de 9% na comparação com 2008. As pesquisas indicam que 93% são mulheres e 61,6% mulheres negras. No mesmo período, o salário médio de uma trabalhadora doméstica brasileira era de R$ 386,45.

Fonte: ONU Mulheres Brasil e Cone Sul / Mara Karina Silva

quarta-feira, 1 de junho de 2011

PROFESSORES CONTINUAM EM GREVE E DIZEM QUE GOVERNO FAZ “ PROPAGANDA ENGANOSA”



Manchete

Os professores da rede estadual decidiram em assembléia realizada na manhã desta terça-feira no Instituto Histórico e Geográfico a continuidade da greve iniciada no dia 23.
A categoria deliberou também uma semana com vários atos. Amanhã, às 14h no Instituto Histórico um estudo sobre o índice guia que trata da nova avaliação de desempenho dos professores da rede estadual. Na quinta, 02, às 14h os professores realizam uma caminhada pelas ruas de Aracaju, a concentração será na Praça Fausto Cardoso. Na sexta, 03, às 15h nova assembléia da categoria no Instituto Histórico e Geográfico.


Os professores reagiram com indignação a propaganda veiculada pelo governo. A categoria considera uma “propaganda enganosa”, pois o que foi veiculado na televisão é a proposta de reajuste do piso para todos e acusa o sindicato de não aceitá-la.

O que na verdade é proposto aos professores é a divisão da categoria quando apresenta índices diferentes entre o Nível I e os Níveis II a V e para estes últimos um parcelamento do reajuste e retroativo somente em 2012.

Na propagada do rádio e televisão o que o governo não conta é que o reajuste é de forma parcelada, dividindo a categoria e isto os professores não aceitam.

“Se a proposta do governo para os professores for a que está sendo veiuclada no rádio e televisão com 15,86% de reajuste para todos sem mexer na carreira defendo essa proposta em qualquer assembleia da categoria”, disse a presidenta do SINTESE, Ângela Maria de Melo.

A categoria reafirmou a proposta apresentada pelo governo que dispõe de: reajuste dos vencimentos em 15,86% de todos os níveis sem prejuízo para a carreira; pagamento do retroativo até dezembro de 2011; eliminação das inúmeras irregularidades encontradas pelo Sindicato em auditoria preliminar da folha de pagamentos, com a finalidade de redução de despesas; rediscussão da estruturação da Secretaria de Estado da Educação, com o mesmo fim do item anterior; revisão de procedimentos pela Secretaria de Estado da Educação, com o fim de ampliação da matrícula, notadamente do ensino médio, para o conseguinte aumento das receitas; encaminhar para Assembleia Legislativa a proposta do Projeto de Lei que dispões sobre a regulamentação da Gestão Democrática.

Apoio
Os professores da rede estadual receberam apoio de estudantes do Colégio Estadual Atheneu Sergipense que estiveram na assembleia da categoria e também dos servidores da Universidade Federal de Sergipe.

A categoria também aprovou moção de apoio aos estudantes de Comunicação Social da Universidade Federal de Sergipe que ocuparam a sala do reitor na luta por melhorias no curso que passa pela pior crise desde a sua criação. “Estamos cansados de esperar, queremos ações concretas pela melhoria do curso, a exemplo dos professores da rede estadual queremos educação pública de qualidade social”, disse Bárbara Nascimento que representou os estudantes.

Ao final da assembléia os professores fizeram uma caminhada pelas ruas da cidade, terminando na Assembléia Legislativa onde a categoria informou aos parlamentares a continuidade da greve.

Fonte: Faxaju

A pouco mais um ano das eleições municipais, prefeitura de Estância anuncia realização de série de obras

Site da Prefeitura Municipal de Estância anuncia que Cidade Jardim tornou-se um grande canteiro de obras e que mais empreendimentos na esfera das construções e reformas serão efetuados.

Em matéria divulgada no último sábado, 28, a Prefeitura Municipal de Estância anunciou através do seu sítio eletrônico oficial que a cidade está se tornando um imenso canteiro de obras, com grande número de construções e reformas que serão ou já estão sendo postas em execução.

Entre os empreendimentos mencionados, a administração cita uma cozinha comunitária e um ginásio de esportes no bairro Cidade Nova, ambos em parceria com o Governo Federal. Já pensando nos habitantes do Bairro Alecrim, a gestão empenha-se na edificação da Estação de Tratamento de Esgotos, além da pavimentação das ruas desta localidade, também em convênio com o Governo Federal por meio do Ministério das Cidades.

Com relação à reformas e ampliações, são apontadas melhorias na estrutura do Barracão Cultural Zé de Clara, no bairro São Jorge, já totalmente revitalizado pelo poder público municipal; a já entregue Unidade de Saúde da Família, no conjunto Valadares; e a ampliação de nove escolas municipais: Ana Libório, Virgilio Lima, Cremildes Freire, Professora Joaquina, Dom Coutinho, Zarria Jasmim, Emídio de Paula, Dr. Pedro Soares e Rio Fundo III.

Esse afoito e impetuoso movimento da máquina pública da cidade torna evidente à população local que a Prefeitura Municipal de Estância tem investido, nesses últimos meses, muito mais do que havia investido em anos de administração. É este um estratagema político do prefeito Ivan Leite que visa à promoção do seu sucessor ou apenas o desejo filantrópico de colocar em prática tudo aquilo que foi esperado pelos estancianos nesses seis anos de poder e não havia sido, até pouco, efetuado?

Por Ian Viana - estanciaonline.com.br